Bem vindo ao blog mericascais. Este espaço foi criado para a elaboração de um e-portfolio da Unidade Curricular de Psicologia da Aprendizagem, do Mestrado em Gestão de Sistemas de E-Learning (2010/2011).

Uma última reflexão

O e-portfolio foi uma agradável descoberta enquanto ferramenta potenciadora de aprendizagem.
Permitiu-me no principio consciencializar-me  dos objectivos (conhecimentos e competências) propostos pela docente,  a participar activamente, de forma autónoma e envolvente ao longo do semestre.
A construção de conhecimento foi assim possível através de práticas auto-reflexivas e de auto-avaliação sobre as temáticas da Unidade Curricular.

Alguns conceitos que foram abordados tornaram-se essenciais para a construção do e-portfolio: os processos auto-regulatórios de aprendizagem, a metacognição e a auto-eficácia, assim como métodos de avaliação centrados na reflexão crítica demonstraram ser pontos chave para o sucesso deste percurso de aprendizagem.

Outros aspectos que foram tidos em conta no trabalho desenvolvido para a construção do e-portfolio, e que se encontra a meu ver em consonância com a perspectiva  socio-construtivista como a corrente mais adequada para o e-learning: o debate e a partilha de informação entre colegas, a realização de actividades cooperativas, o ambiente interactivo entre docente e aluno, a pesquisa através da Web de materiais relevantes para a temática em questão que muito auxiliaram na construção de aprendizagens significativas e a concepção de e-conteúdos atractivos adaptados ao estilo de aprendizagem individual.

A aprendizagem em rede assume-se assim como o grande repto  da Educação do futuro. É para esta que devemos repensar  métodos e estratégias pedagógicas adaptadas a estas mudanças paradigmáticas do campo educativo, no presente século onde surgem novas formas de pensar e tratar a informação e onde a Web  se torna cada vez mais omnipresente como o meio facilitador da construção de conhecimento.

Aula Experimental



Por fim chegámos à fase de publicação da aula experimental!
Depois de alguns percalços refizemos a aula de forma a introduzir elementos que estivessem em consonância com os objectivos desta Unidade Curricular.


Trata-se de uma aula de iniciação ao Excel 2007, dirigido a um público-alvo adulto, sem qualquer tipo de pré requisitos, que pretenda familiarizar-se com a folha de cálculo, e com a finalidade de adquirir competências que habilitem esses formandos a funcionarem com programas que cada vez mais se assumem indispensáveis para o mercado de trabalho.

Alguns aspectos foram tidos em conta para a activação de processos auto-regulatórios na aprendizagem, como a disponibilização de ferramentas que incitem o trabalho colaborativo, a participação activa do formando na construção de conhecimento, assegurar a manutenção de niíeis de motivação elevados através de momentos síncronos e assíncronos entre tutor/formando e entre formando/formando.


Para aceder clique no link: 

Acerca das Teorias da aprendizagem

São mostradas a seguir algumas das principais Teorias da Aprendizagem, que forma debatidas ao longos das últimas décadas e que muito contribuíram  para a mudança de paradigma no campo educativo.


Metacognição

O que é a metacognição? Em que medida poderá favorecer a aprendizagem?

A metacognição é o conhecimento que temos acerca do que conhecemos (e do que desconhecemos). Esta consciencialização sobre o conhecimento que possuímos, aliado às crenças nas nossas capacidades (de compreensão e de resolução de problemas) auxilia-nos a decidir quais as estratégias a utilizar no nosso percurso de aprendizagem (adequadas ao estilo de aprendizagem individual), e contribui substancialmente para a manutenção e elevação da nossa motivação e consequente melhoria de desempenho escolar.


Piaget

Realço aqui uma reflexão de Jean Piaget que no meu entender explica o carácter dinâmico no desenvolvimento da aprendizagem:


“Todas as minhas afirmações de hoje representam a criança e o sujeito da aprendizagem como activos. Uma operação é uma actividade. A aprendizagem é possível apenas quando há uma assimilação activa. É essa actividade de parte do sujeito que me parece omitida no esquema estímulo-resposta. A formulação que proponho coloca ênfase na idéia da auto-regulação, na assimilação. Toda ênfase é colocada na actividade do próprio sujeito, e penso que sem essa actividade não há possível didática ou pedagogia que transforme significativamente o sujeito”.

Link consultado:

A Motivação e a Teoria da Auto-Determinação

Fica claro que num ambiente de aprendizagem movemos-nos  ao ritmo das nossas motivações e interesses.
Mas de onde provêm essas “forças” que nos fazem actuar, a agir pro-activamente e com entusiasmo face uma tarefa?
Além da recompensa material inerente à prossecução ou alcance dos objectivos (motivação extrínseca), existem factores que são próprios da condição humana.
Numa perspectiva teórica falemos da motivação intrínseca:
Esta é inata, espontânea, fruto da nossa curiosidade e necessidade de realizar actividades que nos provoquem satisfação, e que funciona tal como referem Deci e Ryan (2000), Ryan e Deci (2000a) entre outros,  como a base para o crescimento, integridade psicológica e coesão social .
Neste contexto, a escola representa um espaço social gerador de interacções ricas, ou melhor, assume-se como uma fonte socializadora de grande importância.

Teoria da Auto-Determinação:
Baseada nas ideias de White (1975), Deci e Ryan (2000), contrapõem a teoria de Skinner (1998) em que faz uma ligação funcional (operacional) entre comportamento e reforço, defendendo que a actividade é a recompensa em si mesma. Quer isto dizer que existem necessidades psicológicas básicas que necessitam de ser satisfeitas independentemente do exercício e reforço decorrente do desempenho de uma determinada tarefa.

Três necessidades psicológicas inatas, subjacentes à motivação intrínseca, são propostas pela Teoria da Autodeterminação:
- a necessidade de autonomia
- a necessidade de competência
- a necessidade de pertencer ou de estabelecer vínculos.

Num  contexto educacional, esta teoria incide na promoção dos interesses dos
alunos em aprender,  na valorização da educação e confiança nas próprias capacidades e atributos.

Auto-eficácia




Efectuei ainda algumas pesquisas sobre os factores de motivação inerentes ao conceito de auto-regulação na aprendizagem. 
O que nos leva realmente a desejar continuar a aprender?
A consciencialização das nossas capacidades para atingir gradualmente os objectivos, assumirmos uma postura optimista acerca daquilo que somos capazes de fazer torna-se numa primeira fase do processo de aprendizagem uma das chaves do seu sucesso.

Destaco aqui um conceito de auto-eficácia 
Refere-se às crenças do indivíduo nas suas próprias capacidades para mobilizar motivação, recursos cognitivos e cursos de acção necessários ao sucesso das acções em que se engajam. Supõe-se que, ao se perceberem capazes de obter sucesso em suas actividades, os indivíduos tendem a apresentar melhores níveis de desempenho em relação àqueles que, contrariamente, julgam-se incapazes (Bandura 1989).

Link consultado:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722010000100015&lang=pt